terça-feira, fevereiro 14, 2012


Ontem descobri que existem palavras que nunca devemos escrever. São palavras que apesar de escritas com todas as letras certas, os outros nunca vão conseguir entender. Palavras pesadas que vamos carregar até à morte e não transmitem nada. Não tem significado real, por isso nunca vão ser compreendidas. Palavras que são como tatuagens, dolorosas e para toda a vida. Deviam ficar só dentro de nós, a ousadia de as escrever é penalizada. Se nos deram felicidade quando as escrevemos o castigo é demasiado quando nos lembramos de que foram escritas pela nossa mão. Palavras que se viram contra nós, como armas de arremesso. Letra a letra, revelam o nosso íntimo que devia permanecer escondido. Por mais destacadas nunca vão ser apreendidas, não valem a pena. Palavras peganhentas, pastosas que se colam a nós e incomodam para sempre. O arrependimento de as escrever é tão grande que nos corrompe a alma. Temos vontade de voltar atrás no tempo e de as apagar com uma borracha ou com a tecla “delete”, mas não é possível já as escrevemos de qualquer maneira num papel ou num écran, e elas foram lidas. Abrem feridas como balas, sem cura, e não conseguimos estancar o sangue. Injustas, porque nos obrigam a reconhecer que as escrevemos, sem piedade. Palavras impossíveis, amaldiçoadas, que se transformam em fantasmas e nos perseguem num pesadelo recorrente.

Comentários:
se o arrependimento mata-se estava tudo morto....
 
Se o arrendimento mata-se, ja estava tudo morto....
 
Se o arrendimento mata-se, já estava tudo morto...
 
se o arrependimento mata-se,´ja estava muita gente morta...
 
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