quinta-feira, junho 09, 2011

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Calcular a passagem do tempo dentro do silêncio é comparável a contar segundos pela chama de uma vela ou por um abraço. Semelhante a estes dois exemplos, também o silêncio transporta um sentido imperturbável que é maior do que o tempo que pode ser medido. Como se acontecesse noutro lugar, como se ignorasse os minutos, e assim, lhes subtraísse toda a força da sua importância. O silêncio não se deixa transformar por horas, dias ou séculos. Aquilo que o silêncio era em 1084, quando São Bruno fundou a Ordem da Cartuxa, continua a ser, hoje, o silêncio.
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Excerto de A vocação do silêncio. José Luís Peixoto com fotografias de Tiago Miranda in Revista Única Expresso 3 de Junho 2011


O Silêncio o verdadeiro e único resistente ao Tempo.

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