terça-feira, setembro 19, 2006
CHIADO
O dia começou prefeito. A manhã estava clara e fresca. Fiquei no Calhariz e entrei pelo Bairro Alto, o cheiro do pão fresco pairava no ar. É concorrida a Padaria das Mercês, o pão é bom e barato. Comprei o meu pãozinho e os meus biscoitos integrais. Desci até à frutaria para ir buscar o queijo fresco. A combinação de cheiros do pão e da fruta logo de manhã é uma espécie de aromaterapia, faz bem à alma. Tudo nas calmas, tenho muito tempo, os filhos ficam cedo na escola. Quando passei pelo Camões o Sol luminoso fazia brilhar o largo, espreitei o rio pela rua do Alecrim.
Tenho o previlégio de trabalhar no Chiado. Durante quinze anos no Largo do Carmo, depois mudei-me para a Mouraria e ao fim de sete anos voltei ao Chiado outra vez. Sobre a Mouraria escrevo noutro dia.
O Chiado é o coração poético e boémio de Lisboa, sempre teve as melhores lojas, sempre foi poiso de poetas e escritores, sempre foi sinónimo de "Chic". Ainda hoje as pessoas vem passear ao Chiado e fazer compras, lanchar à Benard ou à Brasileira, dar uma volta na Bertrand. Já foi melhor, mas ainda é muito agradável acabar o dia na esplanada da Brasileira. O Chiado é cosmopolita e à noite é a ligação da cidade com o Bairro Alto.
O dia começou prefeito. A manhã estava clara e fresca. Fiquei no Calhariz e entrei pelo Bairro Alto, o cheiro do pão fresco pairava no ar. É concorrida a Padaria das Mercês, o pão é bom e barato. Comprei o meu pãozinho e os meus biscoitos integrais. Desci até à frutaria para ir buscar o queijo fresco. A combinação de cheiros do pão e da fruta logo de manhã é uma espécie de aromaterapia, faz bem à alma. Tudo nas calmas, tenho muito tempo, os filhos ficam cedo na escola. Quando passei pelo Camões o Sol luminoso fazia brilhar o largo, espreitei o rio pela rua do Alecrim.
Tenho o previlégio de trabalhar no Chiado. Durante quinze anos no Largo do Carmo, depois mudei-me para a Mouraria e ao fim de sete anos voltei ao Chiado outra vez. Sobre a Mouraria escrevo noutro dia.
O Chiado é o coração poético e boémio de Lisboa, sempre teve as melhores lojas, sempre foi poiso de poetas e escritores, sempre foi sinónimo de "Chic". Ainda hoje as pessoas vem passear ao Chiado e fazer compras, lanchar à Benard ou à Brasileira, dar uma volta na Bertrand. Já foi melhor, mas ainda é muito agradável acabar o dia na esplanada da Brasileira. O Chiado é cosmopolita e à noite é a ligação da cidade com o Bairro Alto.
// postado por anamoris @ 4:43 AM 
Comentários:
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Esta tua descrição do Chiado fez-me lembrar um Eça ou Antero ou até Júlio Dinis. Gostei imenso. Fico à espera da Mouraria.
Beijinhos.
Beijinhos.
Deve ser o máximo trabalhar em Lisboa. Fui visitar umas amigas que vivem perto e trabalham aí, andamos a passear por Lisboa e simplesmente há tanto p ver, tanto p se fazer... E então no Chiado...cheguei a lá ir em pequena (lá comprei o meu 1º soutien-andavamos a passear e eu e a minha mãe entramos numa loja e comprámo-lo).
Beijitos.
Beijitos.
1º folgo em saber que te manéns fiel à tua dieta
2º percebo-te muito bem quando falas dos cheiros. é dos grandes przeres que eu tenho. ir à praça de cascais ao sábado de manhã bem cedo (8 horas) comprar pão, queijos,legumes,frutas,peixe ou mesmo quase não comprar nada e poder gozar os cheiros e as cores.
3º há cerca de 3 anos trabalhei durante um ano na rua do alecrim mas não consegui gozar de nada disso começava às 6.30 da manhã e só saia às 6 ou 7 da tarde e almoçava no escritorio.
2º percebo-te muito bem quando falas dos cheiros. é dos grandes przeres que eu tenho. ir à praça de cascais ao sábado de manhã bem cedo (8 horas) comprar pão, queijos,legumes,frutas,peixe ou mesmo quase não comprar nada e poder gozar os cheiros e as cores.
3º há cerca de 3 anos trabalhei durante um ano na rua do alecrim mas não consegui gozar de nada disso começava às 6.30 da manhã e só saia às 6 ou 7 da tarde e almoçava no escritorio.
Subi muitas vezes a rua do alecrim durante o tempo que lá trabalhei e nunca deixei de olhar para o rio qd chegava lá acima ... e havia dia em que me tirava o folego (o pouco que restava da subida)
Ai ai (*suspiro*) A nostalgia do Chiado e do bairro.
Tantas horas passadas Bairro acima Bairro abaixo - do outro lado da noite, às vezes o lado errado, às vezes o certo, e até do lado luminoso do dia, a correr, atrasado, para o conservatório!
E depois o Chiado que se abre e, lá ao fundo, o Tejo (quase que o consigo cheirar daqui, e, já agora, a esses bolinhos também)
Ai a nostalgia do emigrante
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Tantas horas passadas Bairro acima Bairro abaixo - do outro lado da noite, às vezes o lado errado, às vezes o certo, e até do lado luminoso do dia, a correr, atrasado, para o conservatório!
E depois o Chiado que se abre e, lá ao fundo, o Tejo (quase que o consigo cheirar daqui, e, já agora, a esses bolinhos também)
Ai a nostalgia do emigrante
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