quinta-feira, março 31, 2011
SUBLIME "... porque eu uma criatura sem importância que afugentavas com o simples som da voz, basta-me saber que ficas e um dia destes talvez atentes à minha pessoa à tua espera sem necessidade de falar porque não necessito de falar, apenas tremer de esperança..."
António Lobo Antunes in Arquipélago da Insónia
quarta-feira, março 30, 2011
"...os vapores da lagoa chegavam com a tarde misturados com o frenesim das rãs (seriam rãs?) e alteravam-me a direcção dos sonhos através do movimento da água (rãs ou outros bichos quaisquer não sei quais)" António Lobo Antunes in Arquipélago da Insónia
terça-feira, março 29, 2011

segunda-feira, março 28, 2011
No Verão li um livro que marcou a minha vida para sempre, e desde então lembro-me muitas vezes dele. Os Pilares da Terra é uma história sobre a construção de de uma Catedral na Idade Média. A luta de dois pedreiros (naquela altura não havia Arquitectos) que não acreditam em Deus, e tem como projecto de vida a constução de uma Catedral, grandiosa, plena de hamonia e cheia de luz. É preciso ter muita fé para construir a Vida como eles para erguerem a Catedral. Também não acredito em Deus, acredito numa energia positiva que nós irradiamos que tem como explendor máximo o Amor. Qualquer tipo de Amor, a Paixão, a Amizade, e claro, o Amor sagrado que temos pelos nossos filhos.
domingo, março 27, 2011
Insiste, insiste e não desiste!
sábado, março 26, 2011
Sinto-me ridícula, absolutamente ridícula.
Insignificante.
Insignificante.
sexta-feira, março 25, 2011
quinta-feira, março 24, 2011
"Tudo o que nos abandona precisa de muito tempo para desaparecer."
António Lobo Antunes in Visão 24/03/2011
A culpa e a raiva são os sentimentos mais difíceis de controlar.
quarta-feira, março 23, 2011
Hoje precisamos de esperança.
Nestes dias do nosso descontentamento, é bom ver como existe alguém que simplifica o conceito da Vida.
Obrigada Mestre Agostinho.
As Liberdades Essenciais
As liberdades essenciais são três: liberdade de cultura, liberdade de organização social, liberdade económica. Pela liberdade de cultura, o homem poderá desenvolver ao máximo o seu espírito crítico e criador; ninguém lhe fechará nenhum domínio, ninguém impedirá que transmita aos outros o que tiver aprendido ou pensado. Pela liberdade de organização social, o homem intervém no arranjo da sua vida em sociedade, administrando e guiando, em sistemas cada vez mais perfeitos à medida que a sua cultura se for alargando; para o bom governante, cada cidadão não é uma cabeça de rebanho; é como que o aluno de uma escola de humanidade: tem de se educar para o melhor dos regimes, através dos regimes possíveis. Pela liberdade económica, o homem assegura o necessário para que o seu espírito se liberte de preocupações materiais e possa dedicar-se ao que existe de mais belo e de mais amplo; nenhum homem deve ser explorado por outro homem; ninguém deve, pela posse dos meios de produção e de transporte, que permitem explorar, pôr em perigo a sua liberdade de Espírito ou a liberdade de Espírito dos outros. No Reino Divino, na organização humana mais perfeita, não haverá nenhuma restrição de cultura, nenhuma coacção de governo, nenhuma propriedade. A tudo isto se poderá chegar gradualmente e pelo esforço fraterno de todos.
As liberdades essenciais são três: liberdade de cultura, liberdade de organização social, liberdade económica. Pela liberdade de cultura, o homem poderá desenvolver ao máximo o seu espírito crítico e criador; ninguém lhe fechará nenhum domínio, ninguém impedirá que transmita aos outros o que tiver aprendido ou pensado. Pela liberdade de organização social, o homem intervém no arranjo da sua vida em sociedade, administrando e guiando, em sistemas cada vez mais perfeitos à medida que a sua cultura se for alargando; para o bom governante, cada cidadão não é uma cabeça de rebanho; é como que o aluno de uma escola de humanidade: tem de se educar para o melhor dos regimes, através dos regimes possíveis. Pela liberdade económica, o homem assegura o necessário para que o seu espírito se liberte de preocupações materiais e possa dedicar-se ao que existe de mais belo e de mais amplo; nenhum homem deve ser explorado por outro homem; ninguém deve, pela posse dos meios de produção e de transporte, que permitem explorar, pôr em perigo a sua liberdade de Espírito ou a liberdade de Espírito dos outros. No Reino Divino, na organização humana mais perfeita, não haverá nenhuma restrição de cultura, nenhuma coacção de governo, nenhuma propriedade. A tudo isto se poderá chegar gradualmente e pelo esforço fraterno de todos.
Agostinho da Silva, in 'Textos e Ensaios Filosóficos'
terça-feira, março 22, 2011
Depois dos 40 atingimos a fase cínica, a vida ensina-nos a dissimular.
segunda-feira, março 21, 2011
DIA MUNDIAL DA POESIA
Bright Star
Bright star, would I were stedfast as thou art –
Not in lone splendour hung aloft the night
And watching, with eternal lids apart,
Like nature's patient, sleepless Eremite,
The moving waters at their priestlike task
Of pure ablution round earth's human shores,
Or gazing on the new soft-fallen mask
Of snow upon the mountains and the moors –
No – yet still stedfast, still unchangeable,
Pillowed upon my fair love's ripening breast,
To feel for ever its soft fall and swell,
Awake for ever in a sweet unrest,
Still, still to hear her tender-taken breath,
And so live ever – or else swoon in death.
John Keats, 1819
Resolvi partilhar Keats, apesar de ser inglês, porque ontem estive a ver um filme sobre a vida dele da Jane Campion e fiquei muito impressionada porque este poeta morreu tuberculoso com 25 anos.
Bright Star
Bright star, would I were stedfast as thou art –
Not in lone splendour hung aloft the night
And watching, with eternal lids apart,
Like nature's patient, sleepless Eremite,
The moving waters at their priestlike task
Of pure ablution round earth's human shores,
Or gazing on the new soft-fallen mask
Of snow upon the mountains and the moors –
No – yet still stedfast, still unchangeable,
Pillowed upon my fair love's ripening breast,
To feel for ever its soft fall and swell,
Awake for ever in a sweet unrest,
Still, still to hear her tender-taken breath,
And so live ever – or else swoon in death.
John Keats, 1819
Resolvi partilhar Keats, apesar de ser inglês, porque ontem estive a ver um filme sobre a vida dele da Jane Campion e fiquei muito impressionada porque este poeta morreu tuberculoso com 25 anos.
"Possuía demasiadas lembranças e tentava expulsar todas as que fosse capaz, mas poucas acções lhe custavam tanto quanto esquecer. Nos momentos raros em que não se lembrava de uma resposta, sentia-se aliviado."
José Luís Peixoto in LIVRO
Acabei de ler o LIVRO e estou de ressaca, acho que tenho de comprar rápidamente outro JLP, estou viciada.
sexta-feira, março 18, 2011
quinta-feira, março 17, 2011
(...)- Lembras-te de mim?
e não sei se me lembro de ti. Lembro-me de hoje ter acordado a meio da noite a pensar que era feliz, e de voltar a adormecer agarrado a um brinquedo que não havia. Devo ser feliz porque há sol lá fora. Em havendo sol lá fora não preciso de mais nada. Até os móveis me parecem contentes. Como se acaba esta crónica? É simples: põe-se um ponto final. Aqui está ele.
António Lobo Antunes in Crónica Visão
quarta-feira, março 16, 2011
Há uma nova energia dentro de mim.
Vem aí a Primavera.
Vem aí a Primavera.
terça-feira, março 15, 2011
Todas as mudanças começam dentro de ti.
segunda-feira, março 14, 2011
domingo, março 13, 2011
Por vezes dou por mim chocada.
Como se podem usar as palavras tão inconsequentemente?
Devia haver uma punição para quem escreve sem sentir.
Como se podem usar as palavras tão inconsequentemente?
Devia haver uma punição para quem escreve sem sentir.
sábado, março 12, 2011
" Era uma hora prateada. O fim da tarde atravessava o tempo e entrava pela porta aberta do quintal. O fim da tarde atravessava o vento."
José Luís Peixoto in LIVRO
José Luís Peixoto in LIVRO
sexta-feira, março 11, 2011
"As saudades turvam o tempo e, à distância, qualquer coisa má, péssima, pode transformar-se em qualquer coisa maravilhosa, uma especialidade."
José Luís Peixoto in LIVRO
José Luís Peixoto in LIVRO
quinta-feira, março 10, 2011
Kendo G
É com muito orgulho e felicidade que apresento o filme do meu sobrinho Afonso baseado na história real da aula de Kendo do meu filho Guilherme. O sobrinho é muito bom encontrou a vocação dele, e o meu filho é muito giro.
terça-feira, março 08, 2011
A Mulher Mais Bonita do Mundo
estás tão bonita hoje. quando digo que nasceram
flores novas na terra do jardim, quero dizer
que estás bonita.
entro na casa, entro no quarto, abro o armário,
abro uma gaveta, abro uma caixa onde está o teu fio
de ouro.
entre os dedos, seguro o teu fino fio de ouro, como
se tocasse a pele do teu pescoço.
há o céu, a casa, o quarto, e tu estás dentro de mim.
estás tão bonita hoje.
os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios.
estás dentro de algo que está dentro de todas
as coisas, a minha voz nomeia-te para descrever
a beleza.
os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios.
de encontro ao silêncio, dentro do mundo,
estás tão bonita é aquilo que quero dizer.
José Luís Peixoto in "A Casa, a Escuridão"
estás tão bonita hoje. quando digo que nasceram
flores novas na terra do jardim, quero dizer
que estás bonita.
entro na casa, entro no quarto, abro o armário,
abro uma gaveta, abro uma caixa onde está o teu fio
de ouro.
entre os dedos, seguro o teu fino fio de ouro, como
se tocasse a pele do teu pescoço.
há o céu, a casa, o quarto, e tu estás dentro de mim.
estás tão bonita hoje.
os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios.
estás dentro de algo que está dentro de todas
as coisas, a minha voz nomeia-te para descrever
a beleza.
os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios.
de encontro ao silêncio, dentro do mundo,
estás tão bonita é aquilo que quero dizer.
José Luís Peixoto in "A Casa, a Escuridão"
segunda-feira, março 07, 2011
ILUSTRAÇÕES DO SÉCULO XVIII
"O meu modo de vida he o mais conforme á minha situação: activo sem impetuzidade, e o mais simples possível, para melhor poder gozar dos momentos, que naõ ceçaõ de fugir."
Teresa de Mello Breyner, Condessa de Vimeiro, Alcoentre 28 de Dezembro de 1788.
sábado, março 05, 2011
SUBLIME
"Uma breve teoria: há certos movimentos qua apenas são possíveis depois do início da primavera. Durante a invernia, o corpo esquece-os, mingua, endurece como as árvores. Em maio, o corpo recorda esses movimentos, julga reaprendê-los e, ao fazê-lo, redescobre a sua verdadeira natureza. É por isso que se fala de renascer na primavera, é por isso que as pessoas se apaixonam e é por isso que crescem as plantas. Esses movimentos são simples, todas as pessoas os sabem fazer. Ao serem empreendidos, dão lugar a multidões desgovernadas de sequências que, no fim da sua acção, acendem o sol."
in Livro, José Luís Peixoto
sexta-feira, março 04, 2011
quinta-feira, março 03, 2011
quarta-feira, março 02, 2011
terça-feira, março 01, 2011
Rien ne va plus...
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