sexta-feira, dezembro 09, 2011

FRIO, SINTO FRIO...
Está muito frio, uma neblina húmida pesa sobre as nossas cabeças, entranha-se no corpo e faz-nos gelar por dentro. O ar está tão frio que custa a respirar, a humidade é tão desagradável que nos fere a pele. Magoa no fundo da alma. Cinzenta a neblina cheira a mofo. As mãos ficam de pedra, incapazes de tocar. Perde-se o tacto congelado nos dedos. As cores deixam de existir, nas brumas o mundo fica a preto e branco. A noite instala-se quando ainda devia ser dia. O sangue corre muito devagar gelado.
Não gosto de dias assim, nunca gostei de frio, remete-me para debaixo de mantas, enrolada sobre mim. Não gosto de me sentir assim. Não gosto da escuridão da invernia. Só consigo estar bem dentro de um casulo protector, quente, sem me mexer, paralisada. Sem vontade, quieta.
Direi mil vezes se for necessário que preciso do Sol escaldante e do céu azul. Necessito de ar quente e de liberdade cheia de luz. Para eu ser totalmente feliz devia ser sempre Verão, o que é impossível. Assim nunca vou conseguir atingir a felicidade.

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